Neste caos de sentimentos

Chegas de mansinho na calada da noite como um ladrão....
Sinto o roçar do teu gélido manto, sugando aquilo que ainda resta do meu ser...
Por estranho que pareça, o medo não me invade...(...)

Pelo contrário, o alívio toma conta da minha alma...
Sei que para o mundo já nada sou...
Não passo de um farrapo que se move e arrasta, neste tapete inóspito que é a vida...
Olho-te, enfrento-te, provoco-te e destes lábios....
Sai um sorriso de escárnio e troça....
A vida...
Ah!... esta miserável passagem por um mundo cheio de enganos, frivolidades, interesses e paixões fúteis.
Já não faz sentido para mim....
Provoquei-te, vivi-te sem regras, sem medos, sem barreiras e sem tabus...
Hoje só existe este caos de sentimentos....
Espero-te...
Vem alívio deste meu ser....
anacosta